Veja 5 tipos de compras que fazem parte do dia a dia das empresas

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Conhecer os diferentes tipos de compras é importante para refletir sobre como desenvolver as práticas mais adequadas para cada um deles. Ou seja, os procedimentos para compras de importados são muito diferentes dos relativos às feitas de última hora no estabelecimento em frente à fábrica, para repor um insumo de baixo valor.

Por isso, entender como os diferentes tipos de compra fazem diferença no dia a dia ajuda a fazer negócios melhores, na adequação dos procedimentos e processos e na aplicação das ações de compliance, melhorando a qualidade, a lucratividade, a eficiência do setor e a sua reputação na empresa. Confira os detalhes!

Quais os tipos de compras?

Nosso primeiro passo será relacionar os principais tipos de compra. Ao verificá-los, vai notar que alguns deles se relacionam, ou seja, você pode fazer uma compra do tipo 1 que seja também do tipo 4 ou 5. 

Contudo, as medidas que você pode adotar para conseguir resultados melhores não mudam nos tipos de compras que se misturam. Isso significa que, no caso do exemplo, você só vai precisar se preocupar em agir de acordo com o que é indicado nos dois tipos e não de práticas totalmente diferentes, o que vai ficar claro no último tópico. Vamos aos tipos.

1. Compras para investimento

Normalmente, as compras de investimento são feitas para equipamentos, mas conceitualmente incluem qualquer aquisição que seja incorporada ao patrimônio da empresa, como veículos.

2. Compras para consumo

Também chamadas de compras de custeio, as compras de consumo incluem materiais e matérias-primas usadas na operação e produção, o que inclui materiais de escritório, por exemplo. O nome deriva do fato de que os produtos comprados são consumidos no processo.

Além disso, como o consumo pode ocorrer em vários setores, esse tipo de compra é subdividido em:

  • compras de materiais produtivos: que são direta ou indiretamente usados na produção;
  • compras de materiais improdutivos: que não são consumidos nos processos de produção, mas no custeio da operação, como no caso do material de escritório.

3. Importação

Com a globalização o comércio exterior é cada vez mais intenso, o que é ótimo se cada região se concentrar em produzir o que sabe fazer melhor. Contudo, o processo pode ser complicado e exige conhecimento, estrutura e capital, pois a distância e a burocracia alfandegária podem atrasar o processo e até barrar mercadorias.

Desse aspecto, o planejamento também é fundamental. Algumas entregas podem demorar meses, o que exige programação antecipada. De qualquer modo, os detalhes dependem do tipo de produto, da relação comercial estabelecida entre o Brasil e o país de origem e até de detalhes sanitários.

4. Compras formais

A maioria das compras se enquadra nessa modalidade, que é a que exige a formalização por meio de um documento, que pode ser um contrato, um pedido ou uma nota fiscal. O nível de formalidade costuma variar de acordo com o valor da compra e a segurança exigida. Um seguro, por exemplo, mesmo que de baixo valor, exige maior formalidade.

5. Compras informais

De outro lado, algumas compras são triviais e de baixo custo, ao ponto de serem realizadas sem a necessidade de um documento que as especifiquem em detalhes. Nesses casos, os custos operacionais para formalizar o procedimento podem até ser mais altos que o valor do próprio produto, como um xerox ou um item complementar e eventual, como uma compra qualquer realizada no comércio local.  

Algum registro é sempre importante de ser feito, especialmente se envolver o controle de estoque, mas ele não precisa ser específico. Por exemplo, a compra de um item complementar de baixo custo, feita na loja de material de construção em frente a empresa, pode constar como compras diversas.

Como melhorar cada um?

Para fazer das compras um setor estratégico você precisa pensar em soluções pontuais, estruturadas e adequadas a cada caso. Um processo de compras estruturado para procedimentos altamente formais, na maioria dos casos, significa burocracia exagerada para determinados tipos de compras.

Mesmo que elas sejam pouco volumosas ou menos frequentes, algum prejuízo será causado, seja dos aspectos dos custos operacionais, uma vez que a estrutura de compras estará dedicada por mais tempo a um procedimento, sem necessidade; seja em razão da diminuição da agilidade, que poderá atrasar toda a produção.

Qualquer necessidade de flexibilizar procedimentos para atender as tendências do setor, depende de uma estruturação tecnológica que permita fazer isso sem perder o controle. Ainda assim, a padronização é fundamental para facilitar o monitoramento.  

Compras de investimento

De uma abordagem mais prática, no caso das compras de investimento, por exemplo, o levantamento principal a ser feito é a relação entre o valor investido e o resultado obtido, além do tempo necessário para recuperar o investimento. 

A compra de um carro, por exemplo, é uma despesa, ainda que ele seja integrado ao patrimônio. O motivo é simples: diferente de um imóvel, o bem desvaloriza. Contudo, se a compra for feita para abrir uma nova região de atuação, o resultado gerado com a compra do carro vai refletir no aumento das vendas, o que será possível mensurar.

O mesmo ocorre na compra de um software, que vai oferecer melhoria da produtividade, do controle e do desempenho. Investimentos medidos apenas com base no valor imobilizado não oferecem a informação que precisamos. O caso do carro é ótimo para entender isso, pois o custo dele não está no valor pago, mas nos gastos com manutenção, na depreciação, no custo de oportunidade de investir o mesmo valor em outro bem, nos impostos e assim por diante. 

Compras de consumo

Já nas compras para consumo, como elas costumam ser mais constantes e periódicas, o relacionamento com os fornecedores é muito importante. Quanto mais ele ajudar a comprometer os parceiros com os objetivos, melhor será o resultado. 

Nesse caso, todo o trabalho de gestão de fornecedores é fundamental desde a homologação, passando pela qualificação e pelo monitoramento constante do desempenho de cada um deles.

A formação de uma boa rede de fornecedores e o desenvolvimento de integrações entre sistemas e plataformas digitais, buscando a sinergia perfeita, também fazem grande diferença, especialmente no caso das compras de materiais produtivos, ou seja, os necessários à produção.

Importações

Já as importações exigem conhecimento, experiência e cuidado redobrado. Tanto que muitas empresas têm um departamento específico para cuidar disso. Nos casos nos quais não exista uma demanda que justifique isso, o ideal é ter um colaborador mais dedicado e, se for o caso, você pode avaliar a possibilidade de contratar a contribuição de uma equipe externa especializada. 

Formalização

No caso da aplicação da formalidade, nem sempre o ideal é optar pelo mais simples, pois alguns procedimentos são exigidos para diminuição de risco, mesmo em compras pequenas. Contudo, na maioria das vezes, o mais importante da formalização é esclarecer as regras de negociação entre os envolvidos, o que é fundamental para o estabelecimento de parcerias duradouras, lucrativas e economicamente sustentáveis no longo prazo. 

Agora que refletimos sobre os vários tipos de compras, sugerimos ir um pouco mais fundo em um tema que mencionamos rapidamente no decorrer deste post: a estruturação tecnológica, que está em amplo processo de transformação. 

Confira o conteúdo complementar que separamos para você: Compras 4.0: como as novas tecnologias estão revolucionando o setor?

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